O dançarino Fred Astaire é um dos grandes artistas retratado no livro de Ruy Castro.
É no mínimo inusitado sentir saudade daquilo que não viveu, mas foi isso que senti ao ler “Saudades do Século 20” de Ruy Castro. Esqueça as duas guerras mundiais, as ditaduras que assolaram a nuestra América, o neoliberalismo econômico e a dominação do capital especulativo, pois nesse livro o autor lembra que não só de desgraça viveu o século 20.
Para falar desses bons fluídos o escritor evoca o dançarino Fred Astaire, as cantoras Billie Holiday e Anita O’Day, os cineastas Orson Welles, Billy Wilder e Alfred Hitchcock, os atores Humphrey Bogart e Mae West, a atriz e cantora Doris Day, os escritores Dashiell Hammett e Raymond Chandler, os cantores Frank Sinatra e Glenn Miller. Esses artistas sacudiram a arte em níveis universais. Todos têm suas obras e particularidades da vida que não ficam atrás da ficção em termos de emoção. Emoção esta, retratada de maneira brilhante por Ruy Castro, que tem como principal qualidade o dom de escrever um texto inteligente e bastante informativo sem ser chato.
Ler sobre esses artistas sem ter o mínimo de conhecimento dos seus trabalhos (no meu caso, por exemplo), já que a maioria viveu o apogeu artístico entre 1920 e 1960, é como fazer uma viagem ao passado e ter uma aula magna da história da arte nesses longínquos anos do século 20. Para os “arqueólogos de plantão” que gostam de escutar músicas e assistir filmes antigos, este livro é um prato cheio.
Na Introdução do livro o autor dá uma dica, aliás, uma ótima ideia: “Seria possível fazer outros livros iguais a este, estrelados pelos ingleses, franceses ou italianos que, nos últimos cem anos, também distribuíram emoção em escala planetária. Assim como seria possível fazer um ‘Saudades do Século 20’ com um elenco inteiramente nacional”. Com certeza teríamos aí um excelente livro. Só no prolífero ano de 1922 tinha-se em pleno vigor artístico, nessa terra de raios fúlgidos, grandes figuras como: Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Villa-Lobos. Sem falar dos movimentos que embalaram e agitaram as décadas de 60 e 70: Bossa Nova, Jovem Guarda, Cinema Novo, Tropicália e Teatro de Arena que brilharam nessa época.
Ruy Castro é um dos melhores jornalistas culturais da atualidade, autor de biografias e livros essenciais para entender e conhecer a nossa cultura como "Estrela Solitária" (biografia de Garrincha), "O Anjo Pornográfico" (biografia de Nelson Rodrigues), "Chega de Saudade" (sobre a bossa nova) e "O Vermelho e o Negro" (sobre o Flamengo). Tempo atrás, escreveu a biografia da Carmem Miranda.
Para falar desses bons fluídos o escritor evoca o dançarino Fred Astaire, as cantoras Billie Holiday e Anita O’Day, os cineastas Orson Welles, Billy Wilder e Alfred Hitchcock, os atores Humphrey Bogart e Mae West, a atriz e cantora Doris Day, os escritores Dashiell Hammett e Raymond Chandler, os cantores Frank Sinatra e Glenn Miller. Esses artistas sacudiram a arte em níveis universais. Todos têm suas obras e particularidades da vida que não ficam atrás da ficção em termos de emoção. Emoção esta, retratada de maneira brilhante por Ruy Castro, que tem como principal qualidade o dom de escrever um texto inteligente e bastante informativo sem ser chato.
Ler sobre esses artistas sem ter o mínimo de conhecimento dos seus trabalhos (no meu caso, por exemplo), já que a maioria viveu o apogeu artístico entre 1920 e 1960, é como fazer uma viagem ao passado e ter uma aula magna da história da arte nesses longínquos anos do século 20. Para os “arqueólogos de plantão” que gostam de escutar músicas e assistir filmes antigos, este livro é um prato cheio.
Na Introdução do livro o autor dá uma dica, aliás, uma ótima ideia: “Seria possível fazer outros livros iguais a este, estrelados pelos ingleses, franceses ou italianos que, nos últimos cem anos, também distribuíram emoção em escala planetária. Assim como seria possível fazer um ‘Saudades do Século 20’ com um elenco inteiramente nacional”. Com certeza teríamos aí um excelente livro. Só no prolífero ano de 1922 tinha-se em pleno vigor artístico, nessa terra de raios fúlgidos, grandes figuras como: Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Villa-Lobos. Sem falar dos movimentos que embalaram e agitaram as décadas de 60 e 70: Bossa Nova, Jovem Guarda, Cinema Novo, Tropicália e Teatro de Arena que brilharam nessa época.
Ruy Castro é um dos melhores jornalistas culturais da atualidade, autor de biografias e livros essenciais para entender e conhecer a nossa cultura como "Estrela Solitária" (biografia de Garrincha), "O Anjo Pornográfico" (biografia de Nelson Rodrigues), "Chega de Saudade" (sobre a bossa nova) e "O Vermelho e o Negro" (sobre o Flamengo). Tempo atrás, escreveu a biografia da Carmem Miranda.





