domingo, 23 de outubro de 2011

AS CAMINHADAS E OS CAMINHOS QUE SEGUIMOS



Lá longe, passando uns dias numa cidade que, suspeito, nem existe no mapa, meditei sobre os caminhos e as caminhadas da vida. O tal caminho que compete a cada um de nós escolher – e a maneira como trilhamos. 

Tem caminho que eu sigo desde moleque, por exemplo: o do respeito e ajuda ao próximo, este, eu aprendi com os meus pais. Acho que é assim com todos nós, todo mundo tem um caminho que o acompanha desde a infância até a  fase adulta.

Há caminhos onde os sonhos se realizam. Tem também aqueles que quebram corações, desanimam, finalizam esperanças. Com esses, eu lidei e aprendi com o passar do tempo.

Pra mim, o pior caminho é aquele em que não se pode ver o brilho do sol. Além daquele que nos separa das pessoas que amamos. Muito ruim. 

Existe um caminho que eu gosto muito, é aquele caminho que é distante de casa, esse, sempre chamou a minha atenção.  Longa e aventureira é a estrada de um viajante sem destino.   

Alguns caminham por liberdade, outros por fuga. Alguns seguem em busca de ouro, outros da sabedoria. Na minha infância eu caminhava de Ki-Chute, hoje, normalmente, é de All Star.

Os covardes caminham para se esconder. Os corajosos se destinam para a luta. Vencer ou perder, não importa, só a caminhada já é uma glória.

"O seguir em frente é uma virtude suprema". Li isso em algum lugar. Decorei e peguei pro meu dia a dia. 

Lembro da música Caminhos do Raul Seixas que diz: “Você me pergunta ao eu quero chegar/ Se há tantos caminhos na vida/ E pouca esperança no ar/ E até a gaivota que voa/ Já tem seu caminho no ar”. É bem por aí

Penso nas pessoas que eu conheci na África. Eles caminham entre o abandono e a miséria, entre a fome e guerra. Mas caminham e, se marcar, ainda com um sorriso largo no rosto. Lição de vida.

Caminhar ao amanhecer, à margem de um longo rio, cantando até a última esperança se pôr no horizonte. 

Caminhos, caminhos, caminhos... 

Eu, particularmente, caminho para correr o mundo. Eliminar as fronteiras. Vencer nas trincheiras. Ganhar amigos. Viver em paz. Nem sempre dá certo, mas a gente tenta.

No final, cada um segue o seu.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS E LEMBRANÇAS AO MEU AMIGO CHARLIE BROWN



Tudo é tão rápido nessa vida, não lembro o exato momento, mas o fato é que, num minuto atrás, pelo menos parece (risos), eu estava assistindo algum desenho animado e pensando que o mundo era feito de chocolate e movido a brinquedos, no próximo, eu já era um adulto e viajava na carroceria de uma caminhonete pelo Pantanal, comendo muita melância.

Pensando bem, é por aí, afinal a vida é uma sequência só, está tudo no mesmo storyboard: infância, adolescência, juventude, adulto, velhice... 

De todos os desenhos que eu assistia, havia uma atenção especial pela turma do Snoopy, principalmente por causa do Charlie Brown. Eu rachava o bico com as suas trapalhadas e até me solidarizava quando ele se dava mal. A verdade é que eu me identificava muito com o meu amigo Charlie.

Lembro do episódio que ele disputa a maratona na escola. Ao vencedor, além do prêmio, o beijo da Garotinha Ruiva, essa era a sua grande paixão estudantil.

No dia da prova, disparou. Correu feito um foguete, como não via ninguém à sua frente, já ia sonhando com o beijo da Garotinha ruiva. Então, fechou os olhos. Seus pés não sentiam mais o chão, a dureza do concreto, mas sim, a leveza das nuvens. 

Já podia sentir a tão esperada hora, poucos quilômetros o separavam da conquista, do tão desejado beijo. Só que, como estava de olhos fechados e o rosto pra cima, fitando o céu, passou direto pela última curva. Saiu do percurso. Os seus amigos gritando. Charlie Brown! Charlie Brown! Vira! Vira! E Charlie nem aí. Lá se foi, passou pelo portão do ginásio, pegou a estrada, e seguiu, sonhando, viajando...

Como hoje é o Dia das Crianças e estava rolando essa campanha no Face de trocar a foto por um desenho animado ou personagem de gibi que marcou a infância. Lembrei na hora do meu amigo Charlie Brown. Pois foi na minha época de criança mesmo, não tinha nem dez anos. Depois que eu comecei a ler gibis da Marvel e entrei na onda do Homem-Aranha, X-Man, Capitão América, Hulk, Thor e mais um monte de super-heróis.  

Aproveitando a deixa, sem querer pagar de dono da verdade, apenas como mensagem para esse dia, gostaria de dizer que a infância não pode ser uma arte perdida.

Por isso: menos video game na vida da garotada, mais parques, praças, zoológicos, museus, teatros e passeios no geral; menos televisão e mais brincadeiras de rua, amarelinha, queimada, taco, esconde-esconde; menos consumismo e mais aprendizagem, é nessa idade que se aprende a respeitar o próximo, as diferenças, a cuidar da natureza, enfim, ser alguém de verdade.  

Atenção senhores pais! Na festa da criançada, música infantil e não funk ou outro estilo que não condiz com o universo deles. 

Para crianças, infância é pra ser uma passagem de diversão e aprendizado. Horas de lazer. Horas de cumprir as tarefas como estudar. É nessa passagem da vida onde nascem os cidadãos, as pessoas de bem.

Aí quando adultos, ela será uma espécie de felicidade guardada com carinho, algo que passou, mas reflete no presente e no futuro de todos nós.

Feliz Dia das Crianças!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NATAL PICS MOVIE

Ontem no meu domingão em casa fiz um catado de algumas fotos que tirei em Natal e editei um simples vídeo de fotografias. Ilustrei algumas imagens com aplicativos como aquele que deixa um tom de filme antigo. Na trilha fui bem pé na estrada, coloquei Novos Baianos com Mistério do Planeta e Little Joy com The Next Time Around. Som mais viajandão, impossível, rsrsrs.

Boa semana para todos.

Ah... essa é também é uma homenagem para os meus caros amigos: Jé, Vadão e Kátia.    


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

UMA CANÇÃO PARA OUVIR COM MUITO CARINHO E ATENÇÃO

Entre o amor e o brega. Entre o bem e o mal. Entre os paradigmas das paixões e a razão prática de Kant. Lá segue um homem ou uma mulher com os seus fantasmas amorosos, e nem adianta chamar os irmãos Winchesters

O sentimento mais nobre do homem inserido na vida, segundo a lírica-cafona de um estilo de música que não tem vergonha em dilacerar todo e qualquer coração apaixonado. Aperta o play e vira pelo menos uma dose. Tá valendo!

“Porque meu bem, ninguém 
é perfeito e a vida é assim”





quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ERA UMA VEZ NO ROCK IN RIO


Nada contra Ivete Sangalo, Claudia Leite, mesmo porque eu também sou do país do carnaval, da farra e do churrasco, já passei muitas alegóricas noites carnavalescas embalados pelo som da nação baiana. Mas calma aí meu chapa, tudo tem sua hora, cada momento com a sua trilha sonora. 

Agora mesmo, enquanto rabisco aqui no blog, toca Beto Guedes no Media Player,Oh! Meu grande bem/ Pudesse eu ver a estrada/ Pudesse eu ter
A rota certa que levasse até/
Dentro de ti", aliás, bela canção essa “Luz e Mistério”.

Não é questão de estupidez ou preconceito. O fato é que houve uma distorção de valores sonoros para um evento denominado Rock in Rio. A organização optou por um caminho muito pop e nada marcante. Salvo, pelo que vi na TV, uma ou outra apresentação como Stevie Wonder, Metálica e Red Hot

É meu caro amigo roqueiro, cultivador de clássicos do Led, Doors, ACDC, Black Sabath, Iron Maiden, e até você cidadão fã do bom e velho pop rock, a exemplo do antigo Queen, dez anos depois da última edição, esse Rock in Rio evidenciou que o um festival de rock propagado pela cultura de massa já não é mais o mesmo, falta força, fôlego e uma certa graça.     

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

AOS LOUCOS QUE NOS DIVERTEM, A LOUCURA QUE NOS SALVA


A loucura realmente é a nossa lucidez como li, certa vez, no texto de algum intelectual cujo nome agora foge da minha memória. Não me refiro à loucura obscura, aquela loucura clínica, rsrsrs, não é isso, mas uma loucura que cai no conto da diversão, no teatro da alegria de viver, igual a cena da mesa do filme Hair, que fiz questão de postar a foto como ilustração. Trata-se de um rock-musical que narra a história de um grupo hippies que propagam a “Era de Aquário”, levando uma vida boemia e lutando contra o conservadorismo da sociedade americana da época.

Falo da loucura como uma experiência artística, na qual poderia exemplificar citando artistas como Salvador Dalí e Andy Warhol, cujas obras tem ressonâncias de pirações, porém, possuem todo um conteúdo intelectual.  

Evoco a loucura usada para ser recusa à caretice, ao moralismo fanático. A loucura que é a favor da vida e contra o mal, algo necessário para seguirmos em frente, caminhar, levar a vida de maneira bem-humorada.

Ah, mundão esquisito, você que direto e reto vira um velho ranziza cheio de atitudes escrotas, nada a ver com nada, precisa muitas vezes de uma profundidade de loucura para ser um habitat mais interessante.

E outra, essa loucura que me refiro, expande os limites da nossa criatividade, viabiliza o nosso conhecimento sobre a vida. 

Nesse mesmo mundão, onde ser “exemplo de pessoa” virou uma chatice de total falsidade e não uma questão natural de estilo de vida, nada melhor do que contar com pessoas que vivem do jeito que gostam e são o que são.

Jack Kerouac descreveu muito bem no livro On The Road o encantamento que as pessoas tidas como loucas transmitem:

“porque, para mim, pessoas são os loucos, os que estão loucos para viver, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifícios...”

É meus caros amigos, essas espécies de malucos são mais importantes, em nossas vidas, do que se propõe a imaginar a nossa vã filosofia. Tenho vários amigos que são o retrato perfeito desse grau doido-bacana de ser. O meu amigo Zéca, lá de Patu, no Rio Grande do Norte, o figura que esta nessa foto abaixo,

é um exemplo, entre tantos, dos que eu conheço. 

Um brinde à loucura que floresce das situações mais simples e banais do dia a dia, seja numa roda de amigos, seja num jantar de gala. A esses nobres loucos que têm a imensa capacidade de criar momentos hilários, mesclando loucura com diversão, ambientado sorrisos e gargalhadas onde estava fadado para ser chato e sem graça, deixo aqui as mais sinceras congratulações.

Obrigado!