A loucura realmente é a nossa lucidez como li, certa vez, no texto de algum intelectual cujo nome agora foge da minha memória. Não me refiro à loucura obscura, aquela loucura clínica, rsrsrs, não é isso, mas uma loucura que cai no conto da diversão, no teatro da alegria de viver, igual a cena da mesa do filme Hair, que fiz questão de postar a foto como ilustração. Trata-se de um rock-musical que narra a história de um grupo hippies que propagam a “Era de Aquário”, levando uma vida boemia e lutando contra o conservadorismo da sociedade americana da época.
Falo da loucura como uma experiência artística, na qual poderia exemplificar citando artistas como Salvador Dalí e Andy Warhol, cujas obras tem ressonâncias de pirações, porém, possuem todo um conteúdo intelectual.
Evoco a loucura usada para ser recusa à caretice, ao moralismo fanático. A loucura que é a favor da vida e contra o mal, algo necessário para seguirmos em frente, caminhar, levar a vida de maneira bem-humorada.
Ah, mundão esquisito, você que direto e reto vira um velho ranziza cheio de atitudes escrotas, nada a ver com nada, precisa muitas vezes de uma profundidade de loucura para ser um habitat mais interessante.
E outra, essa loucura que me refiro, expande os limites da nossa criatividade, viabiliza o nosso conhecimento sobre a vida.
Nesse mesmo mundão, onde ser “exemplo de pessoa” virou uma chatice de total falsidade e não uma questão natural de estilo de vida, nada melhor do que contar com pessoas que vivem do jeito que gostam e são o que são.
Jack Kerouac descreveu muito bem no livro On The Road o encantamento que as pessoas tidas como loucas transmitem:
“porque, para mim, pessoas são os loucos, os que estão loucos para viver, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifícios...”
É meus caros amigos, essas espécies de malucos são mais importantes, em nossas vidas, do que se propõe a imaginar a nossa vã filosofia. Tenho vários amigos que são o retrato perfeito desse grau doido-bacana de ser. O meu amigo Zéca, lá de Patu, no Rio Grande do Norte, o figura que esta nessa foto abaixo,
é um exemplo, entre tantos, dos que eu conheço.
Um brinde à loucura que floresce das situações mais simples e banais do dia a dia, seja numa roda de amigos, seja num jantar de gala. A esses nobres loucos que têm a imensa capacidade de criar momentos hilários, mesclando loucura com diversão, ambientado sorrisos e gargalhadas onde estava fadado para ser chato e sem graça, deixo aqui as mais sinceras congratulações.
Obrigado!


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