domingo, 31 de julho de 2011

CORNOS! A ORIGEM

 
Segundo alguns papiros e registros históricos, a primeira aparição desse tipo de mutante, corpo de homem com chifre de boi, denominado corno, remonta aos primórdios da humanidade, para ser um pouco mais exato, surgiu alguns milênios antes de Cristo. Sabe-se lá se nas aldeias do período Neolítico, na Idade dos Metais ou durante a invenção da escrita.  

Analisando e averiguando as suas características mais clássicas, um dos atributos responsáveis pela sua origem, pelo nascimento da ‘cornice’, seria a mansidão. E dá-se por aí o tipo mais categórico dessa linhagem: o ‘corno manso’. Que, reza a cartilha, é uma das espécies mais abundantes, já que normalmente trata-se de um homem casado ou namorado, apaixonado e que, por ter um padrão estreitamente cego e inconsciente, além de ser um sujeito de imobilidade total, atitude zero vezes zero, nem percebe, ou fingi que não vê, as puladas de cerca da mulher.

Esse, sem dúvida, é o corno mais cobrado pela sociedade, se marcar, mais cobrado do que técnico de time de futebol, é motivo de piadas e chacotas. Diante de tudo, ele normalmente fica na defensiva como aquele zagueiro que tem medo de levar drible do atacante.    

Mas nem só de mansidão sobrevive esta sofrida e milenar nação que vaga pelos quatro cantos do mundo, dos aborígines aos executivos de Nova York, tem o corno furioso, o inconformado, enfim, a lista é longa. Tem até aquele que não foi, mas agiu como tal.

Todos nós, herdeiros de Abraão, estamos propenso de uma hora pra outra: ser um. Aliás, olha aí outro exemplo, casado com Sara, Abraão também incorporou um estilo de corno funcional, viajando e vivendo em vários lugares, com a esposa, deixava-a enamorar-se com os reis locais em troca de camelos, mulas, vinhos e queijos.

Agora, saindo de um exemplo bíblico e indo para a literatura encontramos na obra de Machado de Assis o personagem Bentinho, que ficou atordoado com a dúvida cheia de evidências do adultério por parte de Capitu

Registros, lendas, literatura, exemplos e catalogações das mais diversas não faltam para a definição e até para a origem do corno. Conforme consta na Wikpédia, a sempre requisitada enciclopédia livre: 

“Os cornos (também chamados chifres ou hastes) são apêndices da cabeça de alguns mamíferos. Podem ter forma pontiaguda, como no boi, podem ser pequenos e cobertos de pele, como na girafa, ou ser ramificados, como no alce."

Interessante essa explicação caindo mais pro lado da zoologia (rsrsrs).

A única certeza é que a cada dia eles se proliferam pelo globo terrestre,  contagioso ou hereditário, estilo de vida ou o destino, ou nada disso, pode ser apenas alguma coisa que tentam colocar na cabeça do homem. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

WINEHOUSE, 27 ANOS, CEDO DEMAIS, FALTOU LIMITE


De tudo que comentaram na mídia sobre a morte da Amy Winehouse, ninguém retratou tão bem o perfil da cantora como o jornalista Jotabê Medeiros, no Estadão de domingo: 
“Ela estabeleceu a sua própria noção de eternidade. Em um mundo de ídolos feitos para consumo imediato, de artistas fabricados pelo marketing, dóceis e sem radicalidade, Amy estabeleceu a diferença. Nunca virou passarinho de gaiola. Resistiu à cartilha do show biz. Esse é certamente o seu maior legado, o de ter se tornado um corpo estranho dentro de uma fábrica de corpos iguais, vozes iguais (...).”

Acho que foi bem por aí, ela tinha um talento bem próprio e pontuado por características vocais que tinham ressonâncias de divas como Nina Simone, Areta Franklin e Billie Holiday.

Sem dúvida, lá se foi uma das cantoras mais influentes desse começo do século 21. A mina cujo repertório estiloso ia principalmente de soul, black music e funk.

27 anos, porra, muito jovem, sem querer pagar de moralista, porém faltou controle, uma noção de limite, enfim... Ela tinha uma carreira brilhante pela frente, mas que infelizmente não se sucedeu. Como tudo na vida, virou lembrança, só que cedo demais, uma pena.

domingo, 24 de julho de 2011

MACHU PICCHU NA TV


Hoje até que eu tenho um bom motivo para assistir a televisão. A Globo News exibe às 20h30 um programa sobre os cem anos de descobrimento da cidade inca de Machu Picchu, no Peru. Quem me conhece sabe que eu sou fascinado pela história dessa enigmática civilização. A foto dessa montanha com rosto de índio é uma das mais imagens mais místicas que eu já vi. Olha aí uma boa dica de programação para um domingo à noite. 

sábado, 23 de julho de 2011

GIRAMUNDO

 
Clássico do Manu Chao. Lembro das vezes que viajei no estilo mochileiro, dispensando agências de turismo, com pouquíssima grana, comendo muito miojo e sem um roteiro totalmente definido, apenas uma ideia de trajeto. 

Esse é o tipo de música que inspira o cara ao velho clichê hippie de pegar a mochila e sair sem rumo mesmo. Não precisa se fera no em espanhol pra sacar que a letra é totalmente roots. Manjando um pouco de portunhol já dá para captar a mensagem. Aliás, essa é a ideia do cancioneiro.

Giramundo giramundo...
giramundo que é mio

Yo venho de terra fechada
? Da terracha no interior ?
Ai vai minha alma vagabunda
? Pensando cala forai mio ?

O giramundo giramundo
o giramundo por favor
O giramundo giramundo
o giramundo que é mio

oba oba

? Yo navegé mapo fechado ?
Yo caminé no alto mar
? Yo chegaré a finisterra ?
Yo no soy de ningun lugar

Yo no falo espanol
Yo no falo português
O desculpa minha gente
Yo so falo portunhol

O giramundo giramundo
o giramundo por favor
O giramundo giramundo
o giramundo que é mio

? Yo no ando devagar ?
O minho destino é viajar
Yo no soy de ningun lugar
O giramundo giramundo

? Yo tenho jeito maletero ?
Yo tenho jeito do viajeiro
Yo tenho jeito giramundo
Yo no soy de ningun lugar

O giramundo giramundo
o giramundo por favor
O giramundo giramundo
o giramundo que é mio

(Manu Chao)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

VALEU, AMIZADE!

Hoje é dia do amigo. A todos os amigos, um forte abraço.  Viva a amizade que, creio eu, é um dos mais embriagadores sentimentos, não é verdade? Os amigos estão sempre se reunindo, levantando seus copos de cerveja e brindando. Que coisa linda, como é bom encharcar o caneco com  rapaziada.
Haja disposição e dinheiro pra acompanhar as farras das turmas de amigos (rsrsrsrsrs).

É... mas se liga malandro, nem só de álcool e farra se constituem as grandes amizades. Os amigos de verdade também estão pronto pra ajudar, socorrer, emprestar o ombro... E outra, na amizade verdadeira não existe interesses, sejam de origem comerciais, financeiras, comportamentais etc. e tal. Não nos esqueçamos disso.

Este jornalista picareta, por exemplo, agradece aos céus pelos amigos que tem, direto e reto sou beneficiado por eles por meio de palavras, atitudes, companheirismo e afins, por isso, sempre tento retribuir na mesma energia e ternura. Pra mim, ter amigos é contar com um céu azulado independente da previsão do tempo.

AMIZADE! Eis um relacionamento cheio de simbolismos: amigos de fé, amigos do peito, amigos que são mais chegados do que parentes, amigos íntimos, amizade colorida.

Viver é basicamente ter amigos. A amizade é vida. A vida, por mais complicada que às vezes se apresenta, também é amizade.

Valeu, amizade! Como diz o meu amigo Alê: "É nóis,tamô junto".

ALGUNS FLASHES DA MINHA PASTA 'AMIGOS'







 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DO ATO NATURAL DE PASSAR PELAS MAZELAS E PELAS BELEZAS DA VIDA

O som da queda. O gosto amargo da derrota. A dor da perda. A maré do fracasso. O adeus a um ente querido. Sim! Num dia, a vida atordoada com os seus dissabores.

Mas... num outro dia. O grito da vitória. O sabor do sucesso. O amor da conquista. As boas-vindas de uma amizade. Os beijos da pessoa amada. A vibração com o nascimento do filho. Sim! Tristezas jogadas pra escanteio, a vida segue fitando e encontrando um céu azul, um arrebol dourado há de surgir. Deus não é a estrela da manhã?

É só ter paciência, em breve, quando menos se espera, dias melhores cruzam a esquina da sua casa e batem na porta, ou esbarram do nada, pegam-lhe de surpresa.

Ah vida, este viver de reviravoltas, dias bons, dias ruins, solicitando sempre a nossa atenção. Fazer-se amar. Fazer-se chorar. Dois lados da mesma moeda.

Algumas vezes, não há mais tempo, em outras, sobra tempo. Certos momentos são carregados de luz, em outros, a luminosidade vai embora. 
Num dia, não há qualquer chance. Num outro dia, o sol se levanta. 

Mas em todos é preciso a esperança.  

quarta-feira, 13 de julho de 2011

LONGA VIDA AO ROCK AND ROLL

Chucky Berry, guitarrista, cantor e compositor que, segundo estudiosos do assunto, é o pai, o criador do rock and roll


Como bem profetizou o Neil Young na música “Hey, Hey, My, My”: “O rock and roll veio pra ficar”. Eu sempre gostei de rock, simpatizo com a pegada de ATITUDE que tem a história desse ritmo alucinante, psicodélico, elétrico, acústico, enfim, de múltiplos estilos dentro da mesma essência.

Fico em paz de espírito com o “barulho orquestrado em três notas” do Ramones. Curto o rock de levada folk com letras poéticas do Bob Dylan. Viajo no rock progressivo do Pink Floyd. Danço no seu embalo de anos 1980: The Smiths, The Cure e afins.  Me amarro nos clássicos dos Beatles, The Doors, Led Zeppelin, The Wo, ACDC, Black Sabbath e tantas outras bandas da vanguarda roqueira.

Quando falo sobre rock, também gosto de destacar que foi a partir dele que a juventude, lá atrás, incorporou um estilo contestatório, de rebeldia em relação às regras da sociedade com suas infinitas instituições morais e religiosas.

E um brother certa vez me disse que o rock é coisa de velho. Mas ele é velho mesmo, só que se tem uma renovação de geração em geração. E daí vem a sua força. Quem começou a curtir o rock era jovem nos anos 1950, quando o Chucky Berry e o Elvis Presley botou pra quebrar e chacoalhar toda uma juventude. E qual o problema nisso, em ser um "idoso musical" ? Enquanto o mundo gira, o velho se faz novo e vice-versa.

E outro detalhe, a voz do rock não sofre de afonia. E, sim, provoca epifania.

Não à toa creio que o rock transcende a música e entra numa categoria particular de arte. Uma arte que de tão rica não se enquadra numa definição lógica. Talvez por isso, o rock tenha essa longevidade, não mumificada, mas renovada na sua atualidade (Strokes, White Stripes, Franz Ferdinand, Arcade Fire...) e cultuada por um passado efervescente.

Parafraseando o Dylan, a mente shakespeariana da literatura roqueira, o rock é a pedra que rola. LONGA VIDA AO ROCK AND ROLL.
E pra terminar eu deixo aqui um som do Talking Heads que eu curto pra caramba:


sábado, 9 de julho de 2011

SOLTA A VOZ, SAMBISTA!

"Você não vai encontrar outro poeta louco
Que junte seus versos com rimas de amor
Compondo com carinho um samba de ninar, pra te fazer dormir"

(Djalma Pires - Samba de Ninar)



Djalma Pires, grande sambista e poeta, QUEM DISSE QUE EU NÃO GOSTO DE SAMBA? Desses caras bons e das antigas, estilo o Originais do Samba, Monarco... curto o som de quase todos.

Agora, é claro, o que é feito por esses atuais grupos de pagode, eu, particularmente, acho cafona e sem graça. E ponto final. Mas nada contra, questão de gosto mesmo, sabe como é. No entanto, salvo exceções, aliás, como em tudo na vida, há sempre exceções, uma ou outra música até dá pra curtir. É isso aí.

CANTA AÍ, ARNALDO

"(...) Dizem que a vida é assim
Cinco sentidos em mim
Dentro de um corpo fechado
no vácuo de um quarto no espaço sem fim
Aonde está você?
 
Por que é que você foi?
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe
Longe (...)"

(Arnaldo Antunes - Longe)

terça-feira, 5 de julho de 2011

A TERRA QUE RESPIRA A MISÉRIA / MINHA MATÉRIA SOBRE O MALAWI

 
MATÉRIA PUBLICADA ORIGINALMENTE EM SETEMBRO DE 2009 NA SANTO ANDRÉ MAGAZINE E POSTADA NO SITE DO PROJETO MALAWI: 
http://projetomalawi.blogspot.com
que eu tive a satisfação de participar ao ser enviado como repórter à convite da diretoria do Projeto para documentar a situação dolorosa que vive esse país africano. Como jornalista tentei  registrar com intensidade e ética os dias em que lá estive. (As fotos tiradas são de cunho social, puro fotojornalismo, seladas de informação jornalística)






ZIKOMO KWAMBIRI! (Significa muito obrigado em chichewa, o idioma oficial do país, junto com o inglês). Foi isto que disse uma mulher, pulando de alegria, tão feliz quanto um brasileiro comemorando a conquista de uma Copa do Mundo, ao receber uma marmita que preparei no restaurante feita com o que sobrou do almoço. Assim que me agradeceu de maneira entusiasmada, chamou três filhos pequenos para compartilhar o alimento. Tamanha felicidade tem explicação, às vezes o malauiano fica três dias sem ter o que comer. O que era resto para mim, no estômago daquela família se tornou uma ceia farta.

E assim caminha este pequeno país, situado no sudoeste do continente africano, sem saída para o mar, com uma extensão de 118.484 km² cuja superfície é coberta por infinitas savanas e florestas tropicais, cheias de aldeias tribais, formando uma nação com cerca de 14,3 milhões de pessoas.

Lilongue é a capital, mas a sede do governo não está lá, e sim na cidade de Blantyre, na região sul, além disso, turisticamente falando, não tem vida noturna, as ruas são sem iluminação e sem calçadas. Os grandes comércios que existem não pertencem aos malauianos e sim a estrangeiros, na maioria dos casos, indianos. Os nativos da parte central, no geral, são sempre funcionários. Fora isso, trabalham como autônomos, em feiras e comércio ambulante.

Malawi é uma tristeza que, assim como o horizonte, parece não ter fim. Segundo os dados da ONU, é um dos países mais pobres do mundo, sobrevive com ajuda externa, principalmente da África do Sul, do Reino Unido e de Organizações Não Governamentais.

O cenário é doloroso: miséria, fome, AIDS, vários tipos de doenças, falta de água, infra-estrutura totalmente precária, pessoas morrendo antes de chegarem aos hospitais... tudo isso faz parte da sofrida história de vida da população.

E eles, sobretudo às crianças, apesar de toda calamidade, preservam uma alegria contagiante, têm capacidade de mostrar carinho por desconhecidos, como eu, que na condição de enviado especial, de repórter a milhas e milhas distante da pátria verde e amarela, me senti em casa graças à fraternidade do malauiano.

AS CRIANÇAS DO MALAWI


Hora do almoço na aldeia Mutu. A condição choca, a cena é inaceitável aos olhos de qualquer ser humano. O ar parado, sem vestígios de vento, o sol queimando a terra vermelha, na qual centenas de crianças, maior parte órfãs, formam uma fila indiana, todos munidos com um pratinho, alguns com colheres, outros sem, destes a mão será o talher, em comum, eles carregam a fome nos olhos.

Uma menina no meio da fila, aparentando quatro ou seis anos começa a lamber a colher, impaciente para a tão desejada hora do almoço cuja refeição será uma espécie de mingau que chamam de sima, feito a base de milho e mandioca.
Como se estima que a metade dessas crianças sejam soropositivas, o governo manda um tipo de trigo com preparo especial para dar uma maior sustentação na alimentação.

É desta maneira que estas crianças se alimentam. Para eles não existe café da manhã, o almoço é algo simbólico, e jantar uma raridade. A refeição é um mistério, pode ser que apareça, pode ser que não.

Todos os órfãos dormem no chão, sobre um plástico empoeirado, num dormitório feito de palha. Como a temperatura, normalmente, cai à noite, ficam amontoados para amenizarem o frio. Às vezes surgem alguns panos rasgados, e viram mantas.

PROJETO MALAWI



Atualmente as Organizações Não Governamentais e instituições assistenciais têm cumprido um papel fundamental não só para a elaboração de recursos e ajudas humanitárias, mas também pressionando os países ricos para olharem com mais atenção aos problemas dos menos favorecidos.

O Projeto Malawi, radicado em Santo André, desenvolve programas assistenciais no país africano há mais de dois anos. Estes programas são voltados ao crescimento de infra-estrutura e atualmente atendem às aldeias Mutu, Modika e Mtema, localizadas entre 25 e 50 Km da capital, em cada uma, foi construído um poço artesiano que deve levar água potável por aproximadamente 50 anos.

Conforme informações do site da Organização Mundial da Saúde (mapeamento de 1999), bactérias, vírus e parasitas presentes na água são responsáveis por cerca de 4 bilhões de casos de diarréia por ano, grupos de risco representativos encontram-se em países com difícil acesso a água potável, a exemplo do Malawi.

No dia 12 de agosto foi inaugurada uma escola na aldeia Mutu para atender as crianças da região. Antes, para chegar ao colégio mais próximo, estas crianças precisavam andar uma extensa caminhada.

Não há como negar que os primeiros passos do Projeto Malawi foram bem-sucedidos, e pelos objetivos traçados, há muito mais para ser feito. Em 2010, a idéia é implantar um sistema revolucionário de agricultura que vem fazendo sucesso nas lavouras da Paraíba, para isso, já foi iniciada uma parceria com a Agência Mandalla, responsável por este processo agropecuário.

“A terra precisa virar fonte de alimentação saudável, de renda, de sustentabilidade o mais rápido possível para esse povo”, comenta Silas Josué de Oliveira, diretor do Projeto Malawi. 

"TUDO VALE A PENA SE A ALMA N ÃO É PEQUENA"


Recentemente o Malawi apareceu na mídia brasileira por causa da morte do economista carioca Guilherme Buchman, de 28 anos, provocada por hipotermia durante escalada no oMonte Mulanje. Pelo que foi publicado nos noticiários, ele viajava pelos países mais pobres, estudando, para conclusão de uma tese de doutorado em políticas públicas.
O programa Esporte Espetacular da rede Globo, fez uma homenagem, a equipe de reportagem refez a trilha e no pico pregou uma placa com o nome dele, uma foto, e uma frase do poeta Fernando Pessoa que ele gostava: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Esta minha viagem só foi possível por causa do Projeto Malawi que me convidou a conhecer as obras assitencais no país, e agora, também sou colaborador do site www.projetomalawi.com.

Pessoas de visão social como Guilherme Buchman era, instituições focadas em ajudar nações cujas pessoas parecem estar condenadas a uma existência breve, são lições de que podemos nos empenhar para criar um mundo melhor.

Lembro de quando o avião decolou do aeroporto Internacional Kamuzu Banda, e a atordoante visão da pobre terra (vermelha como o sol da bandeira malauiana), foi sumindo da minha vista até surgir a imensidão dos céus, descobri ao longo das nuvens, que o rosto daquelas pessoas, com olhares que clamam por socorro, principalmente das crianças, nunca mais sairão da minha mente. A todos eles, ofereço (confesso que envergonhado) está simples matéria.

sábado, 2 de julho de 2011

Eu não quero mudar o mundo/ Eu não quero mudar a Inglaterra/ Só estou procurando uma namorada"


Este é um verso da canção "New England" do cantor Billy Bragg. É o tipo de letra aparentemente despretensiosa, mas que mescla lirismo e ideias bacanas de refletir. Gosto desse tipo de poesia que floresce de palavras simples e bem elaboradas, mesmo porque, algo me diz que a vida é feita nas coisas simples, só nos resta levá-la com o ritmo e a força de um belo verso, como nessa  música do bardo britânico. 

Quem não conhece o som desse ativista político, que tanto toca em batidas de folk quanto de punk, personificação de um Bob Dylan inglês, que expressa todo o fervor da rebeldia através de suas composições, faço questão de postar um video dele cantando essa belíssima música. Pelo que percebi, ele está em alguma pub, na Inglaterra, e um repórter foi gravar a pequena apresentação. 

É isso aí, não é questão de arregar não, mas eu também estou fora do que o mundo considera "grandes projetos". Só quero viver  do meu jeito e curtir bem o lado prosaíco da vida, só preciso arrumar uma namorada (risos).