Segundo alguns papiros e registros históricos, a primeira aparição desse tipo de mutante, corpo de homem com chifre de boi, denominado corno, remonta aos primórdios da humanidade, para ser um pouco mais exato, surgiu alguns milênios antes de Cristo. Sabe-se lá se nas aldeias do período Neolítico, na Idade dos Metais ou durante a invenção da escrita.
Analisando e averiguando as suas características mais clássicas, um dos atributos responsáveis pela sua origem, pelo nascimento da ‘cornice’, seria a mansidão. E dá-se por aí o tipo mais categórico dessa linhagem: o ‘corno manso’. Que, reza a cartilha, é uma das espécies mais abundantes, já que normalmente trata-se de um homem casado ou namorado, apaixonado e que, por ter um padrão estreitamente cego e inconsciente, além de ser um sujeito de imobilidade total, atitude zero vezes zero, nem percebe, ou fingi que não vê, as puladas de cerca da mulher.
Esse, sem dúvida, é o corno mais cobrado pela sociedade, se marcar, mais cobrado do que técnico de time de futebol, é motivo de piadas e chacotas. Diante de tudo, ele normalmente fica na defensiva como aquele zagueiro que tem medo de levar drible do atacante.
Mas nem só de mansidão sobrevive esta sofrida e milenar nação que vaga pelos quatro cantos do mundo, dos aborígines aos executivos de Nova York, tem o corno furioso, o inconformado, enfim, a lista é longa. Tem até aquele que não foi, mas agiu como tal.
Todos nós, herdeiros de Abraão, estamos propenso de uma hora pra outra: ser um. Aliás, olha aí outro exemplo, casado com Sara, Abraão também incorporou um estilo de corno funcional, viajando e vivendo em vários lugares, com a esposa, deixava-a enamorar-se com os reis locais em troca de camelos, mulas, vinhos e queijos.
Agora, saindo de um exemplo bíblico e indo para a literatura encontramos na obra de Machado de Assis o personagem Bentinho, que ficou atordoado com a dúvida cheia de evidências do adultério por parte de Capitu.
Registros, lendas, literatura, exemplos e catalogações das mais diversas não faltam para a definição e até para a origem do corno. Conforme consta na Wikpédia, a sempre requisitada enciclopédia livre:
“Os cornos (também chamados chifres ou hastes) são apêndices da cabeça de alguns mamíferos. Podem ter forma pontiaguda, como no boi, podem ser pequenos e cobertos de pele, como na girafa, ou ser ramificados, como no alce."
Interessante essa explicação caindo mais pro lado da zoologia (rsrsrs).
A única certeza é que a cada dia eles se proliferam pelo globo terrestre, contagioso ou hereditário, estilo de vida ou o destino, ou nada disso, pode ser apenas alguma coisa que tentam colocar na cabeça do homem.

Nenhum comentário:
Postar um comentário