De tudo que comentaram na mídia sobre a morte da Amy Winehouse, ninguém retratou tão bem o perfil da cantora como o jornalista Jotabê Medeiros, no Estadão de domingo:
“Ela estabeleceu a sua própria noção de eternidade. Em um mundo de ídolos feitos para consumo imediato, de artistas fabricados pelo marketing, dóceis e sem radicalidade, Amy estabeleceu a diferença. Nunca virou passarinho de gaiola. Resistiu à cartilha do show biz. Esse é certamente o seu maior legado, o de ter se tornado um corpo estranho dentro de uma fábrica de corpos iguais, vozes iguais (...).”
Acho que foi bem por aí, ela tinha um talento bem próprio e pontuado por características vocais que tinham ressonâncias de divas como Nina Simone, Areta Franklin e Billie Holiday.
Sem dúvida, lá se foi uma das cantoras mais influentes desse começo do século 21. A mina cujo repertório estiloso ia principalmente de soul, black music e funk.
27 anos, porra, muito jovem, sem querer pagar de moralista, porém faltou controle, uma noção de limite, enfim... Ela tinha uma carreira brilhante pela frente, mas que infelizmente não se sucedeu. Como tudo na vida, virou lembrança, só que cedo demais, uma pena.

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