quarta-feira, 27 de abril de 2011

CAMINHANDO ATÉ O BANCO E LEMBRANÇAS HIPPIES

Estava tocando Bob Marley no meu MP3. Voltava do banco, álias, que fila infernal era aquela, e olha que eu estava com um gibi do Homem-Aranha, mas, mesmo acompanhado de boa leitura, hoje foi complicado aguentar a demora.

Voltando ao cancioneiro jamaicano, eu andei cerca de dez quilômetros até o banco, ida e volta, no entanto, eu caminhava anestesiado por um reggae místico que nunca foi tão lancinante quanto na voz dele, na minha opinião, é um dos maiores artistas do século 20.

Lembro de quando eu descobri a magia do som do Bob, corria o ano de 94 e 95. Eu devia cursar o primeiro ou segundo ano do ensino médio. Tinha um maluco que todas sextas-feiras levava o violão pra escola e nos intervalos mandava vários reggaes do Bob. O engraçado é que ninguém falava inglês, mas todo mundo mundo cantava as músicas. "Is this love that I'm feeling/ I wanna know, wanna know/ wanna know now...", e por aí seguia o coro dos malucos. 

Era um tempo de descoberta, de formação intelectual, junto com o reggae também veio a fascinação pelo mundo hippie, no melhor estilo "deixe estar". Valeu John Lennon! "Let It Be", assina que é tua, saudoso beatle. Aí também comecei a curtir grupos nem tão conhecidos, por aqui, como o Fairport Convention. Nessa época eu não hesitava, o meu olhar vagava e se perdia fácil, fácil no horizonte.

E como eu hoje já escutei muito Bob e citei a banda inglesa que não é tão conhecida como o regueiro, termino este post com a bela canção "Who knows where the time goes" desse que é considerado por muitos arqueólogos como o primeiro grupo do estilo electric folk.

Não se preocupa não, se por acaso você escutar essa melodia e sentir vontade de pôr a mochila nas costas e partir sem direção, é normal, esta música, assim como outras do estilo, carregam esse dom.

 

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