Foto Arquivo Pessoal: Eu, Niltinho e Aline em alguma estrada que ia dar em Corumbá, Mato Grosso do Sul.
Pra mim ela é uma metáfora da vida construída no deslocamento, ora sul, ora norte, ora Mogi das Cruzes, ora Malawi. Uma incorporação de mudanças, aventuras e encontros.
Sou fascinado pela estrada e as suas variações: céu azul, paisagens, horizonte, posto de gasolina e afins, sem a mínima noção de latitude, ou longitude. Se vajar é preciso, se perder também é preciso, deixa o GPS de lado, só presta atenção nas curvas que está ótimo.
Eis a estrada, sempre um roteiro sem porto seguro que me conduz à esmo por caminhos desconhecidos, tortuosos, labirínticos e provavelmente sem saída. Uma trilha não apenas quilométrica, mas sonora, às vezes sob o som de um folk viajante do Neil Young, às vezes um triste blues que parece soar direto do Delta do Mississipi.
A estrada é o meu único conforto, por isso, antes de pôr o pé na cova eu boto o pé na estrada. Gosto de quando ela sai de algum cafundó e termina em alguma praia, capturando o som das ondas, deixando-me de frente pro mar.
Gosto da estrada porque ela passa por todos os lugares, e sai de todos. Assim como um sujeito que toca violão num boteco a troco de bebida e comida, a estrada não tá nem aí pra nada, apenas leva aqueles que buscam aventuras e estrelas perdidas.
Curto a estrada na escrita de Jack Kerouac, onde ela é mística, profética e, acima de tudo, sonho.
puxa Fábio adorei seu comentário....
ResponderExcluirque Deus te proteja sempre...
pé na estrada,,rsrsrs
beijãooooooooo
valeu,eliane,
ResponderExcluirum beijão pra
vc também